sexta-feira, 4 de novembro de 2011

JESUS ANUNCIA O CAMINHO DA FELICIDADE

O evangelho deste final de semana (Mt 5,1-12), festa de todos os Santos, traz o conhecido relato das bem-aventuranças. O texto começa: “Tendo visto as multidões, Jesus subiu à montanha...”. Foi porque viu aquelas multidões que Jesus subiu à montanha e passou a dar a instrução aos discípulos, como Moisés, da montanha, deu ao povo a Lei ou Instrução de Deus. À vista das multidões, ele faz o Sermão da Montanha.
Que multidões eram essas? Eram as multidões de sofredores da Judeia e da Galileia. Podemos dizer que são toda a humanidade sofredora. Por causa dela, para benefício dela, Jesus se senta como mestre, rodeado pelos discípulos, sobre uma montanha que lembra o monte Sinai. Ele instrui os discípulos não para que estejam voltados para o próprio umbigo, mas para que cuidem das multidões sofredoras que acorrem de toda parte.
Isso ajuda a entender a instrução. Notar que, das oito bem-aventuranças básicas, a primeira e a última se referem ao tempo presente: “deles é o reino dos céus”. É preciso ter bem claro que “reino dos céus” não é o céu, a glória eterna. “Reino dos céus” é o mesmo que reino ou reinado de Deus. Ele começa aqui na terra, onde o que se liga ou desliga é confirmado no céu. Os primeiros são os “pobres por espírito”, isto é, por força interior, por convicção, e os últimos são os “perseguidos por causa da justiça”, perseguidos por buscarem a justiça do reinado de Deus. Assim, os pobres e os perseguidos, de certo modo, identificam-se.
Nas bem-aventuranças seguintes estão as consequências disso. Os que agora estão chorando mais adiante vão parar de chorar, serão consolados. Os que têm fome e sede de ver acontecer a verdadeira justiça hão de matar essa fome. Os carentes, em geral traduzidos por “mansos”, os que não são ninguém, que não têm vez nem voz, serão senhores, serão os donos da terra. Na sequência, outras três bem-aventuranças: os que colaboram, ou seja, os que têm misericórdia, os que têm intenções retas (“coração puro”) e os que promovem a paz ou felicidade plena também terão sua recompensa. A propósito, acolhemos a proposta de felicidade das bem-aventuranças?

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