quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dicas para votar bem

Estamos próximos de exercer mais vez nosso direito de escolher as pessoas que vão conduzir nosso país e nosso estado nos próximos quatro anos. Faço uso neste espaço de algumas orientações que são dadas através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Eis uma síntese.
1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder.
2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos governantes como a superação da pobreza, melhor distribuição da renda, educação, saúde, moradia.
3. Governar é promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social.
4. O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos representam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo.
5. O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”.
6. Voto não é mercadoria. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral.
7. Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e propostas.
8. A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência e as convicções religiosas dos cidadãos.
9. A Família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natural.
10. Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares.
Agora é exercer nosso direito e fazermos uma boa escolha. Uma boa eleição para todos os brasileiros.

domingo, 26 de setembro de 2010

Coroinhas da diocese se reúnem em Capão da Canoa

Foi uma bonita festa. Nossos coroinhas de várias paróquias da diocese se encontraram hoje no colégio Divina Providência em Capão da Canoa. O encontro já acontece a alguns anos e tem por objetivo refletir, rezar, integrar e confraternizar. O tema de estudo deste ano, foi a vida de São Luìs Gonzaga, padroeiro da Juventude. Cada paróquia preparou o tema com teatro, música, cartazes... A parte da manhã foi concluída com a eucaristia. A tarde foi mais de brincadeiras, jogos e diversões. O encontro foi coordenado pela pastoral vocacional, com a presença do padre Ildomar e do pe. Vilson. Nosso bispo Dom Jaime, também se fez presente, bem como outros padres e religiosas de nossas paróquias.

sábado, 25 de setembro de 2010

O rico e o pobre Lázaro

No evangelho deste final de semana, (Lc 16,19-31) 26º domingo do tempo comum, temos a conhecida historia do rico e do pobre Lázaro. Este trecho é uma continuidade do evangelho de domingo passado, onde alertava para a impossibilidade de servir a dois senhores, e têm como seu público-alvo os fariseus, chamados de amigos do dinheiro.
A cena do evangelho é simples. De um lado, um rico e bem-vestido, com púrpura e linho e do outro, um pobre de nome Lázaro que jazia à sua porta, esperando comer as migalhas de seus banquetes. Lázaro significa “aquele que vem em ajuda de”. Ele espera ser ajudado com obras de justiça, de divisão dos bens. Tranquilidade e banquete de um lado, tormento e fogo do outro. A Bíblia nos oferece muitas imagens do inferno. Uma delas é essa da parábola de hoje: um lugar do desespero e do pavor. Receber a pena do inferno é o mesmo que entrar em pânico. É saber que um lugar sombrio me espera. Jesus usa a imagem do choro e do ranger os dentes dos que forem para o inferno. Ele também compara o inferno com o verme que não morre, bem como à Geena, lixão da cidade de Jerusalém. As imagens usadas na Bíblia para descrever o inferno são todas simbólicas. O fogo que devora simboliza a absoluta frustração humana e o seu total distanciamento de Deus.
Diante de tal situação, só resta ao ser humano chorar e ranger os dentes na escuridão de uma vida sem utopias, no exílio de opção feita por ele mesmo. É o que ocorre com o rico da parábola de hoje. Ele implora ao pai Abraão que Lázaro venha lhe trazer água, que vá até à casa de seus cinco irmãos para avisá-los da sua situação desesperadora e que mudem de vida. Nenhum desses pedidos pode ser atendido. A situação estava posta por opção do rico, o ser humano opressor. O fim é trágico, mas é fruto da opção que fazemos. A propósito, qual a nossa opção?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dentro do mês de setembro, para a Igreja do Brasil, mês da Bíblia, temos no último domingo, o dia da Bíblia. Esta biblioteca, com histórias escritas a mais de quatro mil anos, sempre trazendo lindos ensinamentos para nossa vida. Como tenho feito neste espaço, lá vem mais uma história.


Conta-se que, certo dia, Louis Pasteur viajava num comboio, tendo por companheiro um jovem universitário. Não se conheciam, mas cedo o jovem, vendo que Pasteur lia uma usada Bíblia preta, não perdeu a oportunidade de inferiorizar a leitura do velho sábio.
- Mas, o senhor ainda acredita na Bíblia? Ela está cheia de erros, contradições, lendas e fábulas que a ninguém edificam...
- Acha que é mesmo assim? - Respondeu Pasteur
- Claro, absolutamente... A Bíblia está velha e ultrapassada...
- E... o meu amigo já leu a Bíblia?
- Bem... já li um pouco... já ouvi grandes cientistas afirmarem que já não há lugar para a Bíblia...
- Olhe, meu amigo, creia que não é bem assim. A Bíblia é a Palavra de Deus e é infalível.
- Penso que o senhor devia ler os grandes cientistas e as suas palavras sobre esse livro. O senhor aprenderia muito com eles.
- Mas, o que é que dizem esses sábios sobre a Bíblia?
- Olhe, meu amigo, vou sair na próxima estação, mas, se me der o seu endereço, terei prazer em lhe enviar documentação sobre o assunto.
- Muito bem. E, dizendo isto, tirou do bolso a sua carteira e deu ao estudante o seu cartão, onde se lia:
Professor Doutor Louis Pasteur
Director Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.

A bíblia não é livro para os ignorantes, nem tão pouco está ultrapassada. Pode haver contra a sua mensagem muitas acusações, no entanto, é a Palavra proveitosa para ensinar, corrigir e orientar para a justiça, para que o homem seja perfeito e perfeitamente instruído para tudo o que é bom. Ela é a luz que ilumina o caminho.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Encontrão diocesano dos coroinhas

No próximo domingo, 26 de setembro, nossa diocese realiza o encontrão diocesano dos coroinhas. Este tem o objetivo de refletir, rezar e integrar os coroinhas das mais diversas paróquias de nossa diocese. O tema de estudo será a história de São Luís Gonzaga, padroeiro da Juventude. O encontro acontece em Capão da Canoa, no colégio Divina Providência e nossa paróquia está mobilizada para participar.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

As riquezas são para o bem de todos

No evangelho deste final de semana, (Lc 16,1-13) 25º domingo do tempo comum, Jesus nos diz que as riquezas são para o bem de todos. O evangelista São Lucas tem como uma de suas características a crítica das riquezas. Logo no início de seu Evangelho, no Cântico de Maria, temos “Deus derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes, enche de bens os famintos e despede os ricos de mãos vazias". Na parábola de hoje é feita a denúncia do dinheiro injusto. Parecem estranhas as imagens de um homem rico e um administrador corrupto nesta parábola. A esperteza do administrador estava em manipular o dinheiro injusto acumulado pelo homem rico, favorecendo aqueles que se tornariam seus amigos. Pode-se entender que a parábola sugere que o dinheiro deve ser usado para fazer amigos. As riquezas acumuladas por poucos podem ser usadas para o bem de todos, criando laços de amizade. Já na igreja primitiva os Santos Padres da Igreja denunciavam, de maneira contundente, que toda acumulação de riqueza era fruto da injustiça. Se olharmos para a primeira leitura deste final de semana, temos a forte denuncia do profeta Amós.
Assim sendo, o restabelecimento da justiça se faz pela partilha destas riquezas. Jesus apresenta a todos uma opção radical: "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro". Os fariseus eram "amigos do dinheiro" e, por isso, zombavam de Jesus. As elites ricas da sociedade também zombam, condenam e perseguem aqueles que lutam pela partilha dos bens e da terra. A propósito, concordamos que as riquezas devam ser colocadas a serviço de todos?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Este é o meu Rio Grande do Sul, céu, sol, sul..."

Estamos vivendo mais uma vez os festejos farroupilha, fazendo memória de nossa história, tradição e orgulho de sermos gaúchos. De fato, o Rio Grande é diferente dos outros estados brasileiros. Dias atrás, me deparei com um texto de Arnaldo Jabor, que passo a reproduzir alguns trechos.

Recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulistano que sou. Um regionalismo que simplesmente não existe em São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento, a surpresa. Abriram com o Hino Nacional, todos de pé, cantando. Em seguida anunciaram o hino do Rio Grande. Fiquei curioso! Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa todo mundo canta a letra! “Como a aurora precursora, do farol da divindade, foi o vinte de setembro, o precursor da liberdade”
Em seguida, um casal sentado ao meu lado prepara um chimarrão, com garrafa de água quente e tudo e oferece aos que estão em volta. Durante o evento a cuia passa de mão em mão, até para mim oferecem. Eu fico pasmo, todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade, ao qual eu, paulista, não estou acostumado.
Fiquei imaginando, "quem é que sabe cantar o hino de São Paulo, aliás...você sabia que São Paulo tem hino?

É um bonito reconhecimento de alguém do centro do país que percebe em nosso estado e em nosso povo algo diferente. É muito bom ser gaúcho! É bom cultivar nossas lidas e costumes e buscar em nossa história motivações para seguir “peleando”. “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Credibilidade e liderança

Estamos cientes que a nossa Rádio Maristela, a cada dia que passa está com a audiência cada vez maior. Mais uma prova disso, foi a premiação a pouco recebida pela emissora, e pelo comunicador mais lembrado em Torres, Nilson Léo, do quadro da família Maristela. Se alguém ainda duvida, basta passar algumas horas em nossos estúdios para perceber a loucura dos telefones, torpedos, emails, recados. Só temos a agradecer, e reafirmar o compromisso com nosso ouvinte. Credibilidade, profissionalismo e presença junto à comunidade.

domingo, 12 de setembro de 2010

Sucesso da festa de Santa Rita

Nossa paróquia São José Operário da Vila São João realizou neste final de semana a festa em honra a Santa Rita de Cássia. No sábado tivemos a chegada da imagem de Santa Rita, da casa dos festeiros até a Igreja, onde aconteceu a Missa Crioula, e logo após o jantar dançante no Salão Paroquial. No domingo, a missa festiva foi animada pelo coral infantil, seguida da apresentação dos novos festeiros, almoço festivo, escolha da rainha da festa e tarde dançante. Em ambas as celebrações tivemos a cobertura da Rádio Maristela. Só temos a agradecer a ajuda e a colaboração de todos. Festeiros, equipe administrativa, comunidade, visitantes e todos que de um ou outro modo se envolveram nesta bonita festa.

sábado, 11 de setembro de 2010

A misericórdia de Deus

O evangelho deste final de semana, (Lc 15,1-32) 24º domingo do tempo comum, traz três parábolas que mostram a misericórdia de Deus. Na primeira, temos a ovelha perdida. O pastor não era uma figura muito bem vista entre os judeus. Ele, por causa da profissão, era considerado impuro, pecador, impedido de seguir a Lei. Não por menos, no nascimento de Jesus, a figura dos pastores foi valorizada. Fariseus e doutores da Lei não gostavam de pastores. Eles os consideravam iguais aos ladrões e prostitutas. Nessa parábola, salta aos olhos a figura do pastor misericordioso, Deus, que vai ao encontro de uma única ovelha, a perdida. Ela vale tanto quanto as outras.
A segunda parábola é da dracma perdida. Dracma era uma moeda grega. O seu valor era o de um dia de salário do trabalhador. Entre os romanos, usava-se a moeda denário. Essa primeira constatação já nos mostra que se tratava de uma mulher pagã. Como as casas eram pouco iluminadas, fazia-se uso de uma lamparina. Assim percebemos a alegria do encontro de algo de valor que estava perdido.
A terceira parábola ficou conhecida como, a parábola do filho pródigo. Esta é o ponto alto da misericórdia de Deus que não faz distinção de pessoas. Pela lógica da sociedade daquela época, o filho mais velho, o primogênito, tinha o direito de posse da terra que era administrada pelo pai. O filho mais novo é chamado de pródigo, isto é, o gastador, o esbanjador. Esse filho rompe com o pai ao exigir-lhe que lhe desse a parte da herança que lhe cabia. Depois de se perder com festas e vida devassa, resolve voltar para a casa, com o propósito de pedir perdão. O pai faz uma grande festa. O filho mais velho, não aceita a atitude. O filho mais novo representa os deserdados, os impuros que Jesus acolhia no seu Reino. O filho mais velho representa os fariseus e doutores da Lei, tidos como os certinhos, que também recusam os pobres e os ensinamentos de Jesus. A parábola não deixa claro qual a decisão que ele tomou: entrou na casa em festa ou afastou-se dela. O filho mais velho somos todos nós quando ficamos indiferentes e indecisos em relação à proposta do Reino. O pai representa a misericórdia de Deus e a figura paterna que está dentro de cada um de nós. Ele perdoa, porque sabe que o filho é um limitado. A propósito, somos capazes de perceber o amor e a misericórdia do pai?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Festejos Farroupilha

Chegamos mais uma vez as festividades Farroupilha. Já neste final de semana acontecem inúmeras atividades que demonstram nosso jeito gaúcho de ser, no amor pela nossa terra e nas lidas campeiras. A nossa fé também é cultivada e passada de geração em geração através da Missa Crioula. Nossa Paróquia São José Operário da Vila São João realiza Missa Crioula neste sábado às 20h, como parte da programação da Festa de Santa Rita. No dia 17 teremos missa crioula em Dom Pedro de Alcântara e no dia 20, em Torres.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Festa de Santa Rita na Vila São João

A Paróquia São José Operário da Vila São João realiza neste final de semana, 11 e 12 de setembro, a festa em honra a Santa Rita de Cássia. Depois de visitar a casa de alguns dos festeiros, Santa Rita retorna para casa com a Novena Crioula, às 20h. As festividades seguem com jantar dançante no Salão Paroquial. No domingo a missa será às 10h30min, anúncio dos novos festeiros e procissão. Ao meio dia, almoço no Salão Paroquial, escolha da rainha da festa, e tarde dançante. Nossa gratidão a todos que estão engajados nesta festa, e o convite a para chegar até a Vila São João.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Só amando para entender o amor

Como muitas pessoas tem se manifestado positivamente às “historinhas” que tenho contado também neste espaço, segue uma que é muito linda, mostrando que só é possível entender o amor se somos capazes de amar.

Gervásio nasceu numa família pobre, mas sabia muito bem o que era ser amado. Já rapaz feito, apaixonou-se pela Teresa, e um dia lá se casaram. Nasceu o primeiro filho e houve festa naquela casa onde os móveis não eram de luxo mas os rostos reluziam de serenidade e as pessoas se amavam. Mas a vida estava cada vez mais difícil.
Certo dia Gervásio recebeu uma proposta quase irrecusável: um emprego na França, durante um ano, ao fim do qual receberia o correspondente a quase vinte anos de trabalho no emprego em que estava! Conversou com a Teresa e decidiram em nome deles e do filho que ele devia aceitar. E ele viajou.
Passaram-se umas semanas, e ao longo de todos os dias ele pensava na sua Teresa, no seu filho, em como queria estar com eles, escutá-los, contar-lhes tudo o que tinha visto na França, dizer-lhes o quanto os amava…
Mas como?! Ele mal sabia escrever seu nome. Numa noite, já deitado, resolveu escrever uma carta: “Saia o que sair!”, disse ele. Levantou-se de um pulo, agarrou um papel e uma caneta, e começou a tentar escrever algo parecido com “Querida Teresa”… Gatafunhou, com uma péssima caligrafia uma coisa assim: “crida trêza”…
Animado pela novidade, lá continuou empolgado, contando as novidades e dizendo quanto os amava. Passados dias, a casa do Gervásio e da Teresa encheu-se de sol quando a carta chegou. Teresa leu-a com os olhos molhados de emoção e saudade Sentiu-se abraçada e cada palavra era um beijo e um abraço!
Teresa guardou a carta como se fosse um tesouro. Gervásio, entretanto, escreveu outra carta, e depois outra, e muitas outras…Teresa ia guardando todas..
Certo dia em o filho deixou uma janela aberta, entrou um vento e as cartas voaram pela janela.Teresa fechou a porta, correu, mas foi tarde.
Nos quatro cantos da cidade, muitas pessoas começaram a encontrar folhas de papel escritas à mão pelas ruas. Eram as cartas do Gervásio! A maior parte das pessoas pegava e largava de volta, pois nada entendiam daqueles rabiscos.
Eram os segredos do seu amor. E as pessoas não entendiam esses segredos porque não conheciam a história de amor do Gervásio e da Teresa. Porque só podiam entender as cartas do Gervásio à Teresa quem estivesse disposto a lê-las com a gramática do coração e o dicionário do amor.
Eis o segredo, só com amor se pode ler o que por amor se escreveu!

Estamos no mês da Bíblia, o livro que descreve a grandiosidade do amor de Deus para conosco revelado nas pessoas. Para entendermos este amor precisamos amar também. Pense nisso!

sábado, 4 de setembro de 2010

Condições para seguir Jesus

O evangelho deste final de semana, (Lc 14,25-33) 23º domingo do tempo comum, apontas as condições para seguir o Mestre Jesus. O texto faz parte da famosa viagem de Jesus rumo a Jerusalém. Jerusalém é a meta final do Salvador, pois ali ele iria realizar plenamente, com sua morte e ressurreição, a sua missão salvadora. A lógica do caminho de Jesus soa um tanto absurda: é preciso odiar pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e a própria vida; carregar a própria cruz; renunciar a tudo que possui. E, além de tudo isso, ele dá um sábio conselho: sentar-se e preparar a caminhada, calculando, ponderando despesas etc. Em outras palavras: refletir antes de começar.
Jesus busca adeptos, discípulos, para a sua proposta de Reino. Ser discípulo dele é o mesmo que entrar no Reino de Deus. Renunciar a tudo e carregar a própria cruz. Essa é a primeira condição do novo discípulo. O verbo odiar jamais poderá ser entendido como rejeição aos pais, mulher e filhos. Um judeu nunca ensinaria ódio aos familiares, base de sua vida e de sua fé. Ódio aqui significa ter quer demonstrar mais dedicação a um, em detrimento do outro. O discípulo terá que fazer opção no seguimento, ser desapegado de tudo, por causa de Jesus. Nessa mesma linha de pensamento está o carregar a própria cruz, que pode significar martírio e os sofrimentos advindos da cruz, a cruz pesada da vida.
As duas parábolas que seguem, a da torre e a do rei, querem dizer a mesma coisa: é preciso ter um planejamento, antes de iniciar a caminhada. Quem começar a construção de uma torre sem condições de terminá-la será motivo de chacota para os seus vizinhos. O mesmo ocorre com o rei que não tem forças para enfrentar o inimigo, melhor seria negociar a paz. O objetivo deve ser calculado conforme as nossas possibilidades. Se quero ser discípulo, devo ter consciência das minhas limitações. A propósito, podemos dizer que somos discípulos de Jesus?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Começamos o mês de setembro, mês da primavera, dos brotos das árvores e das flores. Para nós católicos é o mês da Bíblia. Na verdade, não deveria ter “o mês da Bíblia”, pois todos os dias e meses são da Bíblia. No entanto, neste mês somos motivados e questionados sobre a importância fundamental da Palavra de Deus.
A historinha de hoje é um pouco triste, mas com certeza questiona nossa vida e o valor que damos a esta preciosidade que chamamos de Bíblia.

Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e seu comportamento eram uma decepção para seus pais que sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido. Certo dia, o bom pai lhe propôs um acordo: “se, você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular e se formar medicina, lhe darei um carro de presente.”
Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho. Passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. Assim, o grande dia chegou, o dia da formatura. Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa, o pai lhe daria o automóvel. Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estava a chave do seu carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresar, o presente era uma Bíblia. Ele ficou visivelmente decepcionado e nada disse, simplesmente colocou a Bíblica numa estante de sua casa.
A partir daquele dia, o silêncio e a distância separava pai e filho. O jovem se sentia traído, e agora, lutava por ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar sozinho. Raramente mandava notícias à família. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia, o velho, muito triste com a situação, adoeceu e não resistiu. Faleceu. No enterro, a mãe entregou ao filho, indiferente, a Bíblia que tinha sido o último presente do pai, anos atrás quando então o jovem passou no vestibular. Esta Bíblia passou anos na estante da casa dos seus pais esperando que o filho viesse buscá-la.
De volta à sua casa, o rapaz que nunca perdoará o pai,quando colocou a Bíblia em cima de um móvel, notou que havia um envelope dentro dela. Ao abri-la, encontrou uma carta e um cheque datado do dia em que passou no vestibular. A carta dizia: “meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para você. Escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto fiz questão de lhe dar um presente ainda maior: a Bíblia Sagrada. Nela aprenderás o amor de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer de uma recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência”. Corroído de remorso, o filho caiu em um profundo pranto.


É triste, trágica, e nos leva a reflexão. O que é mais importante na vida? Onde buscamos luzes e forças diante dos desafios e dificuldades. Pense nisso!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mês da Bíblia

Desde 1971 a Igreja no Brasil, através do Serviço de Animação Bíblica, destaca o mês de setembro como o mês da Bíblia. Este tem por objetivo reforçar a importância e a vivacidade da Palavra de Deus em nossa vida. Cada ano, dá-se ênfase a alguma parte ou a totalidade de um livro. Neste ano, o livro destacado é o livro do profeta Jonas e tem como tema: Conversão e Missão. E o lema: “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2). È uma boa oportunidade que temos para dar um destaque especial a esta biblioteca chamada Bíblia e buscarmos nela a luz para iluminar nossos caminhos.