A vinda do Filho do Homem é uma questão de sensibilidade para o momento presente, semelhante à de Noé, qualificado como pessoa justa. É aí que se joga o destino da sociedade: “Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra deixada”. Por que essa diferença de sortes? Qual terá sido o critério de seleção, se aparentemente os dois homens e as duas mulheres estavam fazendo exatamente as mesmas coisas? A resposta está no modo como a pessoa age. Há quem vive o presente preparando o futuro, e há quem não aprendeu da história (os tempos de Noé) e não sabe como viver o presente, sem futuro...
Mas, o que é vigiar? Vigilância, nesse caso, é solidarizar-se com Jesus, que está para ser morto por uma sociedade baseada na mentira e na injustiça. Isso pode iluminar o trecho em questão. Jesus não está à procura de inquisidores nem declarou aberta a temporada de caça às bruxas; ele quer pessoas que, apesar de não saberem quando o Senhor virá, se solidarizam com os que clamam por sua vinda, projetando luzes novas sobre a escuridão que invade nossa sociedade. A propósito, Estamos vigilantes com Jesus, no rosto de nossos irmãos e irmãs? Como vamos nos preparar para o natal?