O evangelho deste final de semana, 10º domingo do tempo comum (Lc 7,11-17), apresenta Jesus ressuscitando um filho de uma viúva.No texto anterior temos a narrativa da cura do servo do centurião, e agora Lucas apresenta a narrativa da cura do filho da viúva de Naim, articulando ambas entre si. Assim, Ele atende ao pedido do centurião, que era um gentio, curando seu servo à distância e com grande exaltação de sua fé: "Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé". Agora, trata-se de uma judia, a viúva de Naim. Não há nenhuma manifestação de fé em relação a Jesus. É o próprio Jesus que, comovido, toma a iniciativa e toca no caixão onde jazia o morto. Com isto ele infringe os códigos de pureza, pelos quais se tornava impuro quem tocasse um morto ou os objetos em sua proximidade. Em ambiente judaico, a recuperação da vida passa pela ruptura com o legalismo tradicional da Torá (Pentateuco). Em seguida a este gesto, Jesus ordena: "Jovem, eu te digo, levanta-te!". Com a volta do jovem à vida, a multidão se toca e exclama: "Um grande profeta surgiu entre nós" e "Deus veio visitar o seu povo". Jesus restabelece a vida das pessoas e de modo especial os que estão fora do convívio de uma sociedade que exclui e mata. A propósito, quantas pessoas hoje andam mortas, sem perspectiva nenhuma de vida? Conseguimos apresentar um Jesus que restitui a vida e a dignidade das pessoas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário