domingo, 29 de agosto de 2010
Curso de noivos
sábado, 28 de agosto de 2010
Receber de graça e dar de graça
Jesus é um desses hóspedes que não ficam reféns de seus anfitriões. Se olharmos no contexto, percebemos que o anfitrião é um chefe dos fariseus. A casa está cheia de seus correligionários. Para começar, Jesus fala do assunto do repouso sabático, defendendo uma opinião bastante liberal. Depois critica, com uma parábola, a atitude dos fariseus, que prezam ser publicamente honrados por sua virtude, também nos banquetes, onde gostam de ocupar os primeiros lugares. Alguém que ocupa logo o primeiro lugar num banquete já não pode ser convidado pelo anfitrião para subir a um lugar melhor; só pode ser rebaixado, se aparecer alguma pessoa mais importante. É melhor ocupar o último lugar, para poder receber o convite de subir mais. Alguém pode achar que isso é esperteza. Mas o que Jesus quer dizer é que, no reino de Deus, a gente deve adotar uma posição de receptividade.
Portanto, a centralidade da mensagem está no saber receber de graça (humildade) e saber dar a graça (gratuidade). A propósito, somos humildes e agimos com gratuidade?
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
A vocação de ensinar
O catequista é aquele que se doa, ensinando e aprendendo na convivência com jovens e crianças. Na história que segue temos esse aprendizado, que só acontece com aqueles que se doam.
Certo dia, a catequista querendo saber se todos tinham estudado a lição dominical, perguntou as crianças quem saberia explicar quem é Deus?
Uma das crianças levantou o braço e disse:
- Deus é o nosso pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele.
A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca o viu?
Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não o vemos, mas se ele sair de perto, nossa vida fica... sem sabor.
A professora sorriu e disse:
- Muito bem Pedro, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas você me ensinou algo mais profundo que tudo o que eu já sabia. Eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!
Deu-lhe um beijo e saiu surpresa com a resposta daquela criança.
A história nos mostra que muito mais que ensinar, estamos sempre aprendendo e essa é também a atitude do catequista. A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de Deus em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de Deus não existe e nunca existirá, por isso deixe que Ele adoce sempre sua vida. Nossos cumprimentos e agradecimentos a todos os catequistas no seu dia.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Curso de noivos
sábado, 21 de agosto de 2010
A salvação é para todos
Por fim, a terceira imagem: o banquete dos povos. Apesar da exclusão dos “primeiros”, que recusaram o convite, Deus realizará o banquete final para todos os povos. Assim, percebemos que Deus não é mesquinho, não prepara a festa para um número restrito, mas para todos. Espera, porém, o empenho da fé, vivida na caridade, como resposta à palavra da pregação: qualquer um que responder a essa exigência poderá participar.
Essa mensagem não perdeu sua atualidade. O que Jesus recusa é o calculismo e a falsa segurança a respeito da eleição. Esta não responde a nenhum critério humano. É a graça de Deus que nos chama à sua presença. Não existe um número determinado de eleitos. O que existe é um chamado universal e permanente à conversão. Quem não retoma diariamente o trabalho de responder à Palavra com autêntica conversão gritará em vão: “Senhor, participei de retiros, palestras e cursos em teu nome, participei das missas e festas da paróquia”... E também hoje os últimos poderão ser os primeiros: os que não vão à igreja porque não têm roupa decente, porque devem trabalhar, porque têm filhos demais ou, simplesmente, porque se sentem estranhos entre tanta gente de bem... Para chamá-los é que Jesus não ficou nos grandes centros, mas entrou nos bairros e vilarejos. A propósito, estamos abertos ao chamado de Deus e a permanente conversão?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
A vocação de ser Igreja
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando. Ele aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de poder trabalhar juntos.
A história nos ajuda a entender a importância de cada um na construção do todo. Assim, é a vocação na igreja. Todos são convidados a colocar os seus dons a serviço do todo. Com todos os leigos que assim agem, nos alegramos e parabenizamos.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Celebração vocacional
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Maria, serva do amor e da justiça
O Magnificat traduz a pedagogia divina: Deus recorre aos humildes para realizar suas grandes obras. Ele escolhe o lado de quem, aos olhos do mundo, é insignificante. Podemos perceber a expressão da consciência de pessoas humildes, rebaixadas, humilhadas, oprimidas. A “humildade” não é vista como virtude aplaudida, mas como baixo estado social mesmo, como a “humilhação” de Maria, que nem tinha o status de casada. Na maravilha acontecida a Maria, a comunidade dos humildes vê claramente que Deus não age por meio dos poderosos.
A glorificação de Maria no céu é a realização dessa perspectiva final e definitiva. Nela são coroadas a fé e a disponibilidade de quem se torna servo da justiça e da bondade de Deus. A celebração litúrgica deverá, portanto, despertar nos fiéis dois sentimentos dificilmente conjugáveis: a glória e a humildade. O único meio para unir esses dois momentos é pôr tudo nas mãos de Deus. Em Maria temos a combinação ideal da glória e da humildade: ela deixou Deus ser grande na sua vida. A propósito, deixamos Deus ser grande em nossa vida?
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Uma vida de amor e doação
Para muitas pessoas, difícil de entender como alguém pode renunciar a tantas coisas em favor de uma causa como esta. Deparei-me com uma pequena história verdadeira, acontecida na Argélia, norte da África, que talvez possa nos ajudar a entender.
Um turista americano foi visitar um famoso leprosário. Ficou muito impressionado tanto com os doentes, como com as irmãs que lá trabalhavam. E então se dirigindo a uma delas disse:
- Olha irmã, eu não queria ficar aqui nem que me dessem dois mil dólares por mês. É horrível!
- O senhor tem toda razão. Nem eu ficaria nesse trabalho, mesmo que me oferecessem 10 mil dólares por mês.
- Então, quanto ganha por este trabalho?
- Absolutamente nada, senhor!
O turista ficou encabulado. Entre surpreso e incrédulo, perguntou:
- Mas, por que, então, a senhora sacrifica aqui, precisamente aqui, toda a sua juventude?
A irmã, com toda a simplicidade, pegou o crucifixo que trazia no peito, beijou-o com respeito e respondeu:
- Por amor a ELE, que viveu, morreu e ressuscitou por amor deles e por mim.
O fato nos faz refletir sobre o trabalho de tantos irmãos e irmãs, nas mais diversas realidades. São verdadeiros testemunhas de Jesus Cristo. Nossa homenagem, carinho, respeito e orações à todos os religiosos e religiosas que doam sua vida em favor da vida de tantas pessoas. Que Jesus Cristo, nosso mestre e senhor, seja sempre força e amparo em todos os momentos.
domingo, 8 de agosto de 2010
Vigilância: atitude do discípulo missionário
O importante é que cada um, ao assumir no dia a dia as tarefas e, sobretudo, as pessoas que Deus lhe confiou, está preparando sua eterna e feliz presença junto a Cristo. Ele ama incondicionalmente a cada um de nós. Não podemos decepcionar a esperança em nós depositada. A visão da vigilância como responsabilidade mostra bem que a religião do evangelho não é ópio do povo, como Marx a chamou. A fé, vista na perspectiva do evangelho de hoje, implica até a conscientização política, quando, solícito pelo bem dos irmãos, se descobre que bem administrar a casa não é passar de vez em quando uma cera ou um verniz nos móveis, mas também, e sobretudo, mexer com as estruturas tomadas pelos cupins. Tal vigilância não é uma atitude fácil. Exige que a gente enxergue mais longe que o nariz. Exige visão e comprometimento com a transformação. A propósito, estamos vigilantes?
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Em tempos de correrias e dificuldades de estar com os filhos, encontrei uma pequena história que expressa à importância de aproveitar cada momento para demonstrar o amor e o carinho dos pais.
Um pai, numa reunião de pais explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada e surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras dos pais se fazerem presentes, de se comunicarem com os filhos. Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso. É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho. Pai, você já deu um nó no lençol do seu filho hoje? Filho, você já expressou todo teu amor e carinho para com teu pai? Pense nisso!