No evangelho deste final de semana, 19º domingo do tempo comum, (Lc 12,32-48), temos o tema da vigilância, característica dos discípulos de Jesus. O evangelista Lucas nos faz ver nossa vida em sua dimensão verdadeira. Vivendo no ambiente mercantilista do império romano, ele vê constantemente o mal causado pelas falsas ilusões de riqueza e bem-estar, além do escândalo da fome. Ensina-nos a vigilância no meio das vãs ilusões. O texto segue com outras sentenças e parábolas referentes à parusia (linguagem do fim). Elas explicam, de maneira prática, o que a vigilância implica. Com a imagem do administrador sensato e fiel, o evangelista ensina a cuidar do bem de todos os que estão em casa. Pela pergunta introdutória de Simão Pedro, parece que isso se dirige sobretudo aos líderes da comunidade. A vigilância não significa ficar de braços cruzados, esperando o final acontecer, mas assumir o bem da comunidade. Isto é de responsabilidade de cada um. Quem conhecia a vontade do Senhor e, contudo, não se preparou será castigado severamente, e o que não conhecia essa vontade se salva pela ignorância; a quem muito se deu, muito lhe será pedido; a quem pouco se deu, pouco lhe será pedido.
O importante é que cada um, ao assumir no dia a dia as tarefas e, sobretudo, as pessoas que Deus lhe confiou, está preparando sua eterna e feliz presença junto a Cristo. Ele ama incondicionalmente a cada um de nós. Não podemos decepcionar a esperança em nós depositada. A visão da vigilância como responsabilidade mostra bem que a religião do evangelho não é ópio do povo, como Marx a chamou. A fé, vista na perspectiva do evangelho de hoje, implica até a conscientização política, quando, solícito pelo bem dos irmãos, se descobre que bem administrar a casa não é passar de vez em quando uma cera ou um verniz nos móveis, mas também, e sobretudo, mexer com as estruturas tomadas pelos cupins. Tal vigilância não é uma atitude fácil. Exige que a gente enxergue mais longe que o nariz. Exige visão e comprometimento com a transformação. A propósito, estamos vigilantes?
O importante é que cada um, ao assumir no dia a dia as tarefas e, sobretudo, as pessoas que Deus lhe confiou, está preparando sua eterna e feliz presença junto a Cristo. Ele ama incondicionalmente a cada um de nós. Não podemos decepcionar a esperança em nós depositada. A visão da vigilância como responsabilidade mostra bem que a religião do evangelho não é ópio do povo, como Marx a chamou. A fé, vista na perspectiva do evangelho de hoje, implica até a conscientização política, quando, solícito pelo bem dos irmãos, se descobre que bem administrar a casa não é passar de vez em quando uma cera ou um verniz nos móveis, mas também, e sobretudo, mexer com as estruturas tomadas pelos cupins. Tal vigilância não é uma atitude fácil. Exige que a gente enxergue mais longe que o nariz. Exige visão e comprometimento com a transformação. A propósito, estamos vigilantes?
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