Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando. Ele aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de poder trabalhar juntos.
A história nos ajuda a entender a importância de cada um na construção do todo. Assim, é a vocação na igreja. Todos são convidados a colocar os seus dons a serviço do todo. Com todos os leigos que assim agem, nos alegramos e parabenizamos.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
A vocação de ser Igreja
Dentro do mês vocacional, queremos neste final semana, refletir sobre a vocação dos leigos. A igreja não é do papa, nem dos bispos, padres ou freis e irmãs, mas a igreja somos todos nós. E nela somos convidados a colocar nossos dons e talentos. Que tal essa historinha, para percebermos a importância e o valor de cada um na construção do todo.
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Que bonita história padre Leonir. O importante é que todos ajudem para que o todo cresça.
ResponderExcluirSe todos fizessem a sua parte nosso mundo bem diferente.
ResponderExcluirMuito legal padre Leonir. Adoro essas parabolas. E esta é demais!
ResponderExcluirMuito verdaeiro mesmo. É preciso colocar as qualidades de cada um em função do todo.
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