sábado, 30 de abril de 2011

PARA ACREDITAR É PRECISO TOCAR?

O Evangelho deste final de semana (Jo 20,19-31), 2º domingo de Páscoa, traz a conhecida história de São Tomé, o discípulo que não está presente quando Jesus aparece para o grupo reunido, e tem dificuldade de acreditar sem ver e tocar.
É domingo, o primeiro dia da semana. É o novo Gênesis, a nova criação. Os discípulos (comunidade) estão reunidos, mas estão com as portas fechadas, com medo. Uma vida sem Jesus, é uma vida de portas fechadas, de medo, escuridão, abandono. Tomé não está com eles. Onde poderia estar Tomé? No bar, no futebol, no vizinho ou em casa em olhando o Domingão do Faustão?
Jesus se apresenta anunciando a Paz e só é possível perceber e sentir sua presença em comunidade. Menos mal, que oito dias depois, isto é, de novo no primeiro dia da semana, Tomé retorna ao convívio dos discípulos. A comunidade é medrosa; é fechada em si mesmo, pois não tem a presença de Jesus. O ressuscitado aparece no meio deles e anuncia a Paz. Falando direto a Tomé, o chama para ver, e tocar e assim acreditar em sua presença real, viva, ressuscitada. A partir deste momento Tomé muda de atitude e de incrédulo passa a dar testemunho. Ë uma fé amadurecida. “Meu Senhor e Meu Deus”.
O caminho de Tomé no amadurecimento de sua fé e crença no ressuscitado é a caminhada da comunidade crista. É a certeza que Jesus está presente, vivo, ressuscitado na vida das comunidades cristãs que estão surgindo.
E hoje, nos reunimos em comunidade para testemunhar nossa fé no ressuscitado? Podemos dizer como Tomé, “Meu Senhor e Meu Deus”?

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