sábado, 30 de julho de 2011

O MILAGRE DA PARTILHA

O Evangelho deste final de semana (Mt 14, 13-21) 18º Domingo do tempo comum, ficou conhecido como o relato da multiplicação dos pães.
O trecho de hoje começa dizendo que Jesus ficou sabendo da morte de João Batista e se retira para o deserto. O deserto recorda o exôdo e a gestação de uma sociedade alternativa. A partir do deserto Jesus inaugura um mundo novo, dando mais vida para a humanidade. O povo está sedento e corre atrás desta nova vida anunciada por Jesus. Os discípulos ainda não conseguem entender a dimensão desta novidade. “Mande essa gente embora, a fim de que vão aos povoados e comprem alguma coisa para comer”. Mas Jesus se compadece e mostra a grande diferença do seu ensinamento. “Eles não precisam ir embora. Dêem vocês mesmos comida a eles.”
E no gesto de sentarem-se juntos acontece o grande milagre: Todos comem, ficam satisfeitos e ainda há sobra. No gesto da partilha temos fartura e alegria de satisfação. Acredito que todos nós já tivemos oportunidade de fazermos lanches partilhados, onde cada um leva um “pratinho”. Todos comem, ficam satisfeitos e ainda tem sobra.
Como é possível um país que tem tantas riquezas e muitos não tem o que comer? Será que não é porque poucos tem muio e muitos tem pouco? A propósito, somos capazes de partilhar? Não somente dinheiro, coisas e comida, mas um pouco da nossa vida. Que tal?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O QUE É NOSSOS OLHOS FALAM?

No final de semana passado em sua mensagem na Rádio Maristela, Dom Jaime, nosso bispo diocesano, contou uma história muito bonita e com um significado grandioso. Vale à pena ler.
Conta-se que, um belo dia, chegaram à América cinco emigrantes que passaram vários anos a cavar terra dura, a filtrar água dos rios, sempre na esperança de um dia aparecer a primeira pepita dourada.
Uma bela madrugada, mal o sol tinha despontado, um dos cinco parou extasiado. Ali mesmo, perto do rio, o sol refletia-se com extraordinário fulgor: era uma pedra redonda, brilhante, luminosa que o atraía. Ou se enganava muito ou era mesmo ouro.
Chamou os amigos e mostrou-lhes o prodígio. Com as mãos febris, os cinco começaram a tirar a terra molhada que envolvia a pedra miraculosa e o assombro foi ainda maior: aquela pedra provinha de uma rocha toda de ouro, escondida debaixo da terra, a poucos metros de profundidade. Era uma mina de ouro.
Quase instintivamente recobriram a pedra com a terra molhada e, antes que chegasse mais alguém, marcaram encontro para a noite, a fim de acertar as idéias sobre a decisão a tomar. E no encontro dessa noite, todos estiveram de acordo em não revelar a ninguém aquele segredo.
O dia seguinte era Domingo e, como acontecia todos os domingos, os cinco desceram ao povoado. Foram à missa, almoçaram na cantina, bailaram com as moças da terra, repetiram histórias já de todos conhecidas. E dormiram felizes, envoltos em sonhos de ouro.
De manhã, os cinco, como se nada tivesse acontecido, regressaram para o monte. Mas para surpresa sua, deram-se conta de que vários homens, em grupos diferentes, os seguiam. Olharam-se uns aos outros a ver quem teria sido o traidor.
Mas não, a surpresa era igual para todos: ninguém quebrara o segredo, ninguém faltara à palavra dada.
Até que um deles se voltou e perguntou frontalmente aos que os seguiam:
- Porque é que nos seguis?
Resposta imediata:
- Porque encontrastes ouro.
- E quem vo-lo disse?
- Ninguém.
- Então como sabeis?
- Como sabemos?
Ora, vê-se nos vossos olhos.
O que nosso olhos falam?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

PRECIOSIDADE OU BIJUTERIAS?

O Evangelho deste final de semana (Mt 13, 44-52) 17º Domingo do tempo comum, continuidade dos últimos dois domingos, salienta através de parábolas, o quanto é preciso o Reino de Deus.
No trecho deste final de semana, temos a narrativa das três últimas parábolas de um total de sete, que o evangelista Mateus, nos coloca no capítulo 13 do seu Evangelho. As duas primeiras, revelam a supremacia absoluta do Reino dos Céus em relação a qualquer riqueza terrena. O discípulo percebe esta supremacia, despoja-se de tudo e adere ao Reino.
A terceira parábola tem certa semelhança com a parábola do joio e do trigo. Contudo aqui o núcleo da parábola é o julgamento escatológico, no fim dos tempos, com a separação entre os maus e os justos. Este dualismo entre maus e justos é uma herança do Antigo Testamento, e foi descartada e superada por Jesus. Particularmente o destino final dos maus, lançados na fornalha de fogo, com ranger de dentes, é um ato cruel que destoa com a prática misericordiosa e amorosa de Jesus.
Nos últimos dois versículos temos um resumo de todo o capítulo 13 de Mateus, que apresenta o discípulo ideal. Estes são capazes de entender os mistérios do Reino e também de tirar oportunamente o velho e o novo.
A propósito, descobrimos a preciosidade da presença de Deus em nossa vida? Ou nos perdemos com as bijuterias que a sociedade nos apresenta?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

É POSSIVEL TER O “DIA DO AMIGO”?

O dia 20 de julho ficou conhecido como o dia do amigo. Donde veio esta data? Podemos ter um “dia do amigo”? Quem de fato é amigo?
Estas são algumas interrogações que podemos fazer para refletir um pouco sobre este lindo sentimento da amizade. O Dia do Amigo, celebrado a 20 de julho, foi primeiramente adotado em Buenos Aires, na Argentina, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.
A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Com a chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, ele enviou cerca de quatro mil cartas para diversos países e idiomas com o intuito de instituir o Dia do Amigo. Febbraro considerava a chegada do homem a lua "um feito que demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis".
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo. No Brasil, apesar de não ser regulamentada por lei, o dia do amigo é comemorado popularmente em 18 de abril. No entanto, o país também vem adotando a data internacional, 20 de julho, sendo inclusive instituída oficialmente em alguns estados e municípios.
Quando pensamos em amizade não podemos imaginar em um dia como o “dia do amigo”, mas amigo é para todos os dias e todos os momentos de nossa vida. Nos momentos alegres e felizes para comemorar junto e nos momentos difíceis para ser apoio e força. Tem uma canção que expressa em poucas palavras a importância da amizade. “Amizade é um tesouro, vale muito mais que ouro...”
Desse modo, expressamos nosso amor e carinho para com os amigos. Estas preciosidades que vale muito mais que ouro, por isso pessoas fundamentais na nossa vida. A todos os amigos, nosso carinho e amizade.

sábado, 16 de julho de 2011

QUE SEMENTE QUEREMOS SER?

O Evangelho deste final de semana (Mt 13, 24-43) 16º Domingo Comum, traz a continuação do Evangelho do final de semana passado (parábola do semeador).
Num primeiro momento, temos a parábola do joio no meio do trigo. Nesta Jesus critica os apressados que querem fazer juízo das pessoas separando bons e maus, justos e injustos. A sociedade é um campo de muitas semeaduras e todas crescem juntas. A triagem não cabe a nós. O Senhor da colheita é quem fará esta separação. Aos discípulos de Jesus cabe semear.
Mais adiante temos outras duas parábolas que mostram a força da ação de Deus na história e na vida das pessoas. A semente de mostarda e o fermento, representam o pouco que se transforma em muito e o crescimento do Reino de Deus em meio as maldades, injustiças e desigualdades. Na parte final, o evangelista explica a dinâmica do ensinamento em parábolas, muito usada por Jesus, e por fim, o sentido da parábola do joio e do trigo. Assim percebemos a riqueza e a sabedoria de Jesus neste modo de ensinar.
Olhando para a nossa realidade, que sementes estão sendo semeadas? O joio da droga, do egoísmo, das injustiças, das desigualdades, parece que cresce mais rápido e sufocam as boas sementes dos valores evangélicos. Somos convidados a colocar mais adubo nas boas sementes, do amor, da justiça, da solidariedade, da paz... A propósito, que semente queremos ser?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

BAILE DA LINGUIÇA




Depois do sucesso nos anos anteriores, temos neste sábado o 3º Baile da Lingüiça na Vila São João. O evento, pioneiro na região, traz na gastronomia sua grande força. Serão servidos, durante toda a noite uma grande variedade de lingüiças, queijos, salames, Pães, cucas, etc. A animação da festa, ficará por conta da super banda Hopus. Ingressos, somente antecipados. Maiores informações nos telefones 36052592 ou 36053540.

sábado, 9 de julho de 2011

QUE FRUTOS ESTAMOS PRODUZINDO?

No Evangelho deste final de semana, (Mt 13,1-23) 15º Domingo Comum, temos a conhecida parábola do semeador. Jesus, o Mestre da Justiça, usa muitas parábolas para passar sua mensagem.
Primeiro fala a todo o povo, depois diretamente aos seus discípulos. A parábola do semeador é preciosa e permite tirar muitos significados. O semeador sai a semear. Ele não faz distinção de terrenos. Semeia em todos os lugares a Boa Semente.
O próprio Jesus explica, que “a semente é a Palavra de Deus”, ou seja, ela é anunciada a todos indistintamente. Mas, porque as vezes não produz fruto? Por causa do tipo de terreno que ela encontra. Tem chão duro, espinhos, pedregulhos e terra boa. O bom resultado da semente passa pelo terreno que ela encontrar.
Os frutos também são diferentes, pois cada um tem seu jeito de ser. “Uns produzem trinta, outros sessenta e até cem frutos por um”. O mais importante não é a quantidade de frutos, mas a qualidade e a disposição de ser um bom terreno, produzindo aquilo que nossas qualidades nos permitem produzir.
A propósito, que tipo de terreno somos nós? Que frutos estamos produzindo?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FRIO: ALEGRIA OU TRISTEZA?

Estamos vivendo um dos invernos mais rigorosos dos últimos tempos. Há poucos dias que entramos na estação e já tivemos temperaturas a baixo de zero em muitas cidades, inclusive com chuva e neve.
Os hotéis serranos ficam lotados e os turistas saem para as ruas para se alegrar com os flocos de gelo e se deliciar com as comidas quentes e com as lojas abarrotadas de roupas típicas da estação. A mídia anuncia com veemência que o frio chega com mais e mais força para atrair ainda mais gente para ver as “maravilhas” do frio.
Enquanto isso muitas pessoas não conseguem se abrigar e se proteger do frio. As casas são simples demais, onde o vento entra pelos buracos das paredes e portas, falta agasalho, comida, cobertor. E em situação ainda mais complicada vivem aqueles que dormem ao relento. Imagine só com o frio, umidade, chuva ou neve, dormir em baixo de uma ponte ou um simples abrigo. È possível?
Pior que enquanto algumas pessoas se maravilham com o frio outras passam necessidades. A alegria da neve comemorada pelos turistas é a tristeza das pessoas com menos posse nas ruas e casebres? Como pode acontecer isso?
Com certeza não conseguiremos resolver todos os problemas da humanidade, nem mesmo evitar que pessoas passem frio ou fome, mas podemos fazer alguma coisa. O que você está fazendo? Já olhou para o seu armário para ver quanta roupa poderia ser doada para alguém que esteja precisando? O que mais poderia ser feito?

domingo, 3 de julho de 2011

São Pedro e São Paulo

Neste domingo, dia 03 a Igreja celebra numa só festa dois dos seus maiores santos. Esta tem origem já no século quarto e celebra os dois juntos para demonstrar a importância de ambos para a vida da Igreja. Pedro, um dos doze escolhidos por Jesus, o líder, primeiro papa da Igreja, aquele que nos Evangelhos sempre aparece perguntando, questionando, muitas vezes errando, mas no final assumindo com fidelidade o seguimento a Jesus. Representa mais a instituição. Paulo, perseguidor da Igreja, símbolo de conversão, de mudança, responsável pela abertura da Igreja e construção de inúmeras comunidades. Representa o jeito missionário da Igreja de ir a outros povos, a outras culturas levando a Boa Nova do Evangelho. Sabemos que eles tiveram suas diferenças, mas a causa do Evangelho os uniu de tal forma, que são considerados as duas principais colunas da Igreja. Ambos morreram mártires, doando a própria vida pela causa do Evangelho.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

VAI COMEÇAR A VISITAÇÃO

No último domingo tivemos mais um lindo momento de reflexão, estudo e oração dentro do processo de missões. São aproximadamente 130 pessoas que deixaram a folga de domingo para saber mais de nossa fé, nossa igreja e o convite de Jesus de ser, discípulo missionário.
Quando falamos em missão, provavelmente nosso pensamento nos leva para lugares distantes ou para a visita dos “missionários” capuchinhos, franciscanos ou redentoristas que vinham e acampavam em nossas comunidades fazendo uma imensa mexida em nossas atitudes de acomodação e falta de perspectivas de fé e empenho para com nossa comunidade.
Quando falamos em missão hoje, pensamos diferente. Não quer dizer que a forma dos missionários agirem no passado não tenham o seu valor. Todavia, hoje pensamos em missão continuada, permanente e realizada pelas pessoas que moram onde vivem, trabalham e atuam.
O padre Ildomar que esteve conosco assessorando nosso encontro fez uma comparação muito interessante para descrever este jeito de pensar a missão. “È como fazer fogo. Se usarmos palha acende logo, faz uma imensa labareda, mas o fogo acaba logo. No entanto, se usarmos um grande tronco de madeira vai demorar para acender o fogo, mas depois que acende, fica uma brasa forte que esquenta muito e demora para apagar”.
Agora seguimos para a visitação, isto é, visitar e deixar-se visitar. Conhecer e tornar-se conhecido, falar e escutar, ser amigo e tornar-se amigo. Acima de tudo ser presença de amizade, companheirismo, fé e esperança, tendo como exemplo e modelo o mestre dos mestres, Jesus Cristo.