sexta-feira, 19 de março de 2010

Tecnologia... Pessoas

Ouvindo o relato dos nossos missionários que foram para Moçambique e as fortes imagens de fome do Haiti, percebemos a maravilha de país que vivemos e as tantas coisas boas que temos e na maioria das vezes não nos damos conta. Temos dificuldade, temos pobreza, temos fome, mas temos muitas coisas boas. Os avanços dos últimos anos proporcionaram melhorias e transformações. Que tal pensarmos o mundo a 30 anos atrás? Quantas novidades têm que facilitaram nossas vidas? Para termos uma idéia, em 1980 alguém tinha celular? E a maravilha do computador e da internet?
Pois é meus amigos, temos tantas coisas que vieram para facilitar nossa vida e ao mesmo tempo parece que temos ainda mais hoje do que em outras épocas pessoas frustradas, infelizes, buscando sentido e motivação para suas vidas. A depressão cresce assustadoramente e dizem muitos estudiosos que é a doença do milênio. Como podemos entender isso? Se lembrarmos do relato da Camila, (missionária de nossa diocese em Moçambique, coluna publicada neste espaço na semana passada) falando da alegria dos jovens que receberam canetas e cadernos, podemos nos dar conta que a felicidade não está nas grandes coisas, bens, propriedades e comodidades. É urgente nos darmos conta que somos criaturas e que temos um criador, maior que tudo e todos, que aqui estamos de passagem, que nascemos sem nada (até mesmo sem roupas) e partimos daqui do mesmo modo. Se nos déssemos conta disso, talvez não brigaríamos tanto por coisas e nos preocuparíamos mais com as pessoas.
Que bom que o ser humano chegou a tantas invenções que facilitaram a vida e vem facilitando cada vez mais. Vamos fazer uso delas e aproveitarmos para termos mais comodidades. No entanto, nenhuma delas, vai nos dar plena realização e felicidade, pois nossa alegria não está em coisas, mas está em relações construídas com pessoas, e com o reconhecimento que em nossa natureza humana temos uma dimensão espiritual, que nos impulsiona para uma comunicação com o criador.
O abraço, o aperto de mão, as palavras de amor, de amizade e de carinho nunca serão substituídas. O tempo que você “perde” para conversar, ouvir, ajudar, rezar, dinheiro algum vai pagar e tecnologia alguma vai substituir. Que tal priorizarmos as pessoas e darmos menos valor as coisas?

3 comentários:

  1. É isso aí mesmo, precisamos cada vez mais valorizar as pessoas e menos as coisas.

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  2. Muito boa a reflexão. Também concordo com este pensamento.

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  3. Temos que nos dar conta que a tecnologia deve ser usada para melhorar a vida das pessoas, mas nao substituir as pessoas.

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