O Evangelho deste final de semana (Jo 4, 5-42), 3º Domingo da Quaresma traz um diálogo de Jesus com uma mulher samaritana.
A Samaria era uma região que ficava entre a Judéia, ao sul, e a Galiléia, ao norte. O povo da Samaria era desprezado e evitado pelos judeus. O povo judeu considerava-se uma raça pura enquanto os samaritanos eram uma raça miscigenada com vários povos.
A figura da mulher samaritana, pobre e discriminada, em busca d'água, encontra Jesus à luz do meio dia. A partir da água da fonte de Jacó, que significa as tradições religiosas dos samaritanos, Jesus oferece à mulher a novidade da água viva do Espírito. Na seqüência do diálogo, a mulher pede a Jesus esta água viva e percebe o anúncio da missão salvadora. Vai, por sua vez, anunciá-lo ao povo, e Jesus fica com eles por um tempo. A acolhida dos samaritanos contrasta com a incompreensão dos judeus.
Com Jesus, estão superadas as discriminações baseadas em crenças religiosas. Ele anuncia que não podemos fazer acepção de pessoas. Todos são iguais e assim devem ser tratados. Sua mensagem amorosa e misericordiosa é dirigida a todos. Em tempo de Quaresma e Campanha da Fraternidade, onde somos convidados a lutarmos com todas as forças, pela preservação e cuidado do planeta em todas as suas dimensões, o episodio da samaritana é convite à acolhida ao diferente, à misericórdia, o perdão e a valorização de todas as pessoas independente de cor, raça, sexo, posição social, etc.
A propósito, como acolhemos as pessoas de nossa comunidade? Olhamos para todos do mesmo modo?
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